terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

As diferentes etnias e as cores

CEMEI “Santo Piccin”
Professora: Aparecida
Faixa etária:
Projeto: As diferentes  etnias e as cores
Introdução:

O desenvolvimento infantil depende do lúdico e através de histórias as crianças aprendem, constroem, criam elaboram conceitos que contribuem para melhorar seu desenvolvimento intelectual e suas relações sociais. A criança carrega em sua bagagem cultural à curiosidade, a imaginação, a fantasia e a identificação com personagens de suas histórias favoritas. Aproveitar o lúdico para desenvolver habilidades e competências com objetivo de levar a criança ao aprendizado de forma prazerosa ampliando o conhecimento sobre si e sobre a sociedade na qual está inserida e sobre o povo brasileiro é também levá-la ao desenvolvimento intelectual que é dever da educação formal. Nesse sentido, o professor e o mediador entre as crianças e a história ouvida ou a ser representada, proporcionando e organizando espaços e situações de aprendizagens ricas e prazerosas e não discriminatórias.

Justificativa:

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, nos Temas Transversais a temática da Pluralidade Cultural traz a valorização das diferenças étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional. E ao trabalhar o multiculturalismo atende a lei 10639/03 por contemplar as diferenças étnicas, mostrando para as crianças que as pessoas são diferentes em sua aparência física, mas, que a convivência entre elas tem que ser de respeito mútuo.

Objetivo:

Possibilitar que as crianças reflitam sobre as características das pessoas com as quais convivem;
Conhecer as diferenças étnicas, e entender a importância de cada uma na formação do povo brasileiro e,
Ter consciência sobre os valores, o respeito ao outro (alguém diferente) e a si mesmo;
Descrição das Atividades:

1.    História: TANTO, TANTO! Escrita por Trish Cooke e ilustrada por Helen Oxenbury. Após a leitura feita pela professora, discute o estilo e as características de cada personagem. Após a discussão contorna o corpo de uma criança e pinta com tinta preta. Utilizando de outros materiais completa a criança.
2.    História: COMO É BONITO O PÉ DO IGOR escrita por Sonia Rosa e ilustrado por Luna. A professora conta a história e apresenta, para as crianças, a ilustração chamando a atenção para o material utilizado e a beleza retrata. Então é proposto que às crianças desenvolva obras de artes, representando os personagens da história, utilizando massa de modelar. Em outro momento, utilizando o mesmo material, massa de modelar, incentiva as crianças a reproduzirem a sua imagem e a de sua família. Em roda de conversa, possibilita que cada criança explique a composição familiar e fale sobre as características ou estilo de cada pessoa representada.   
3.    História: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA escrita por Ana Maria Machado e ilustrada por Claudius. Ao apresentar o livro e fazer a leitura do título, a professora questiona as crianças sobre: Por que a autora escolheu este nome para a obra?  Como é a ilustração da menina que aparece na capa? Porque será que ela é preta?  O que as crianças acham da beleza da menina? Após a leitura da história  efetua a ilustrações utilizando apenas tinta preta. Ao final da ilustração desenvolve outro questionamento sobre como cada criança sentiu utilizando apenas uma cor de tinta. Quem se considera preto na sala de aula? Quem conhece ou tem alguém na família que é preto? Porque as pessoas possuem a cor da pele diferente? Como é a cor da pele das crianças, da professora, dos funcionários da escola? Realmente as pessoas pretas são da cor da tinta utilizada? Esta atividade possibilita desconstruir a ideia de que existe um lápis da cor da pele, conceito arraigado por algumas crianças que frequentaram a sala de aula.
4.    História: AINDA BEM QUE TUDO É DIFERENTE escrita por Fábio Ferreira. Após contar a história, apresenta os personagens e discuti as características físicas de cada um e também os comportamentos durante a brincadeira. Em brincadeira de roda falar as características do colega. Ao final da brincadeira, em roda de conversa, pergunta para as crianças se a característica utilizada pelo amigo proporcionou mal estar, ou se agradou. Ainda em roda de conversa, abre novamente o debate para as diferenças existentes na sala de aula possibilitando que a criança fale sobre as suas características e a de sua família, possibilitando o toque para percepção dos cabelos dos colegas de sala de aula e da professora.
5.    História: AS TRANÇAS DE BINTOU de Sylviane A. Diouf com ilustração de Shane W. Evans. Após contar a história apresenta as ilustrações e faz uma discussão sobre os diferentes tipos de prender os cabelos, ou até os modelos de corte de meninos e meninas. Explica que a história é Africana e que cada povo ou família possui culturas diferentes, ou seja, costumes, religião, lazer, modo de vestir e até mesmo de se comportar, mas, que todos devem conviver em harmonia, respeitando o outro em suas particularidades. Prepara a sala de aula para transformar em um salão de cabeleireiro no qual arruma os cabelos das crianças em estilo diferente ao usado diariamente. Ainda em sala de aula, possibilita que as crianças dancem músicas de jongo, capoeira, etc.
6.    História: A ÁRVORE MARAVILHOSA escrita pó John Kilaka. A história deve ser contada, por o texto ser extenso, caso contrário, às crianças não sentirão interesse. Após contar a história, questiona as crianças sobre a qual região pertence os animais que aparecem na história. Possibilitar uma brincadeira ou dança permitindo que cada criança escolha uma máscara que gostaria de usar (de preferência fazer as máscaras de todos os animais que aparecem na história). Em roda de conversa, discute o enredo da história e compara com o cotidiano, que “apesar das diferenças” todos são importantes para a formação do grupo e realização de atividades cooperativas.
7.    História: BRUNA E A GALINHA D’ANGOLA de Gercilga de Almeida. Antes de contar a história, contextualizar de onde surgiu o nome da história. O porquê a galinha é chamada de galinha d’Angola. Com auxílio do globo terrestre e do mapa apresentar para as crianças o continente Africano e a localização de Angola. Após contar a história, utilizando argila e tinta, modelar e pintar a galinha d’Angola ou os ovinhos. Posteriormente carimba a mão da criança usando tinta preta para formar a galinha d’Angola. Em roda de conversa discutir sobre os trabalhos manuais e o artesanato feito por alguns povos africano. Aproveitar a oportunidade e apresenta o livro: África meu pequeno Chaka... de Marie Sellier com ilustração de Marion Lesage. Apresenta as diferentes esculturas Africanas. Em outro momento passar o vídeo Kiriku e a feiticeira na parte que mostra o ofício de oleiro, desenvolvido pelos adultos e pelo próprio kiriku.
8.    História: OS SETE NOVELOS – Um conto de Kwanzaa escrito por Angela Shelf Medearis com ilustração de Daniel Minter e com tradução de André Jenkino do Carmo. Contar a história e apresentar o livro explicando que a história e um conto africano de uma pequena aldeia Africana no País de Gana. Depois de contar a história, explicar para as crianças que outros tipos de artesanatos são desenvolvidos por muitos povos Africanos, que é a tecelagem.

Resultados:
A reflexão pôde levar a criança a aceitar as diferenças existentes na sociedade e em relação aos seus colegas e se sentir respeitada no grupo, assim como, respeitar os outros, evitando a adversidade cultural. Desta forma, a criança pode pensar e agir de modo diferente sem sentir medo de discriminação e preconceito. Portanto, o projeto atingirá seus objetivos à medida que observar a mudança de atitude e comportamento no relacionamento e nas brincadeiras com os outros. É claro que este tema é extremamente abrangente e dinâmico, e o “aprender” é muito subjetivo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário