CEMEI
“Santo Piccin”
Professora:
Aparecida
Faixa
etária:
Projeto:
As diferentes etnias e as cores
Introdução:
O
desenvolvimento infantil depende do lúdico e através de histórias as crianças
aprendem, constroem, criam elaboram conceitos que contribuem para melhorar seu
desenvolvimento intelectual e suas relações sociais. A criança carrega em sua
bagagem cultural à curiosidade, a imaginação, a fantasia e a identificação com
personagens de suas histórias favoritas. Aproveitar o lúdico para desenvolver
habilidades e competências com objetivo de levar a criança ao aprendizado de
forma prazerosa ampliando o conhecimento sobre si e sobre a sociedade na qual
está inserida e sobre o povo brasileiro é também levá-la ao desenvolvimento
intelectual que é dever da educação formal. Nesse sentido, o professor e o
mediador entre as crianças e a história ouvida ou a ser representada,
proporcionando e organizando espaços e situações de aprendizagens ricas e
prazerosas e não discriminatórias.
Justificativa:
De
acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, nos
Temas Transversais a temática da Pluralidade Cultural traz a valorização das diferenças
étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território
nacional. E ao trabalhar o multiculturalismo atende a lei 10639/03 por
contemplar as diferenças étnicas, mostrando para as crianças que as pessoas são
diferentes em sua aparência física, mas, que a convivência entre elas tem que
ser de respeito mútuo.
Objetivo:
Possibilitar
que as crianças reflitam sobre as características das pessoas com as quais
convivem;
Conhecer
as diferenças étnicas, e entender a importância de cada uma na formação do povo
brasileiro e,
Ter
consciência sobre os valores, o respeito ao outro (alguém diferente) e a si
mesmo;
Descrição
das Atividades:
1. História: TANTO, TANTO! Escrita por Trish Cooke e
ilustrada por Helen Oxenbury. Após a leitura feita pela professora, discute o
estilo e as características de cada personagem. Após a discussão contorna o
corpo de uma criança e pinta com tinta preta. Utilizando de outros materiais
completa a criança.
2. História: COMO É BONITO O PÉ DO IGOR escrita por Sonia
Rosa e ilustrado por Luna. A professora conta a história e apresenta, para as
crianças, a ilustração chamando a atenção para o material utilizado e a beleza
retrata. Então é proposto que às crianças desenvolva obras de artes,
representando os personagens da história, utilizando massa de modelar. Em outro
momento, utilizando o mesmo material, massa de modelar, incentiva as crianças a
reproduzirem a sua imagem e a de sua família. Em roda de conversa, possibilita que
cada criança explique a composição familiar e fale sobre as características ou
estilo de cada pessoa representada.
3. História: MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA escrita por Ana
Maria Machado e ilustrada por Claudius. Ao apresentar o livro e fazer a leitura
do título, a professora questiona as crianças sobre: Por que a autora escolheu
este nome para a obra? Como é a
ilustração da menina que aparece na capa? Porque será que ela é preta? O que as crianças acham da beleza da menina?
Após a leitura da história efetua a
ilustrações utilizando apenas tinta preta. Ao final da ilustração desenvolve
outro questionamento sobre como cada criança sentiu utilizando apenas uma cor
de tinta. Quem se considera preto na sala de aula? Quem conhece ou tem alguém
na família que é preto? Porque as pessoas possuem a cor da pele diferente? Como
é a cor da pele das crianças, da professora, dos funcionários da escola?
Realmente as pessoas pretas são da cor da tinta utilizada? Esta atividade
possibilita desconstruir a ideia de que existe um lápis da cor da pele,
conceito arraigado por algumas crianças que frequentaram a sala de aula.
4. História: AINDA BEM QUE TUDO É DIFERENTE escrita por
Fábio Ferreira. Após contar a história, apresenta os personagens e discuti as
características físicas de cada um e também os comportamentos durante a
brincadeira. Em brincadeira de roda falar as características do colega. Ao
final da brincadeira, em roda de conversa, pergunta para as crianças se a
característica utilizada pelo amigo proporcionou mal estar, ou se agradou.
Ainda em roda de conversa, abre novamente o debate para as diferenças
existentes na sala de aula possibilitando que a criança fale sobre as suas
características e a de sua família, possibilitando o toque para percepção dos
cabelos dos colegas de sala de aula e da professora.
5. História: AS TRANÇAS DE BINTOU de Sylviane A. Diouf com
ilustração de Shane W. Evans. Após contar a história apresenta as ilustrações e
faz uma discussão sobre os diferentes tipos de prender os cabelos, ou até os modelos
de corte de meninos e meninas. Explica que a história é Africana e que cada
povo ou família possui culturas diferentes, ou seja, costumes, religião, lazer,
modo de vestir e até mesmo de se comportar, mas, que todos devem conviver em
harmonia, respeitando o outro em suas particularidades. Prepara a sala de aula
para transformar em um salão de cabeleireiro no qual arruma os cabelos das
crianças em estilo diferente ao usado diariamente. Ainda em sala de aula,
possibilita que as crianças dancem músicas de jongo, capoeira, etc.
6. História: A ÁRVORE MARAVILHOSA escrita pó John Kilaka. A
história deve ser contada, por o texto ser extenso, caso contrário, às crianças
não sentirão interesse. Após contar a história, questiona as crianças sobre a
qual região pertence os animais que aparecem na história. Possibilitar uma
brincadeira ou dança permitindo que cada criança escolha uma máscara que
gostaria de usar (de preferência fazer as máscaras de todos os animais que
aparecem na história). Em roda de conversa, discute o enredo da história e
compara com o cotidiano, que “apesar das diferenças” todos são importantes para a formação do grupo e realização
de atividades cooperativas.
7. História: BRUNA E A GALINHA D’ANGOLA de Gercilga de
Almeida. Antes de contar a história, contextualizar de onde surgiu o nome da
história. O porquê a galinha é chamada de galinha d’Angola. Com auxílio do
globo terrestre e do mapa apresentar para as crianças o continente Africano e a
localização de Angola. Após contar a história, utilizando argila e tinta,
modelar e pintar a galinha d’Angola ou os ovinhos. Posteriormente carimba a mão
da criança usando tinta preta para formar a galinha d’Angola. Em roda de
conversa discutir sobre os trabalhos manuais e o artesanato feito por alguns
povos africano. Aproveitar a oportunidade e apresenta o livro: África meu
pequeno Chaka... de Marie Sellier com ilustração de Marion Lesage. Apresenta as
diferentes esculturas Africanas. Em outro momento passar o vídeo Kiriku e a
feiticeira na parte que mostra o ofício de oleiro, desenvolvido pelos adultos e
pelo próprio kiriku.
8. História: OS SETE NOVELOS – Um conto de Kwanzaa escrito
por Angela Shelf Medearis com ilustração de Daniel Minter e com tradução de
André Jenkino do Carmo. Contar a história e apresentar o livro explicando que a
história e um conto africano de uma pequena aldeia Africana no País de Gana.
Depois de contar a história, explicar para as crianças que outros tipos de
artesanatos são desenvolvidos por muitos povos Africanos, que é a tecelagem.
Resultados:
A
reflexão pôde levar a criança a aceitar as diferenças existentes na sociedade e
em relação aos seus colegas e se sentir respeitada no grupo, assim como,
respeitar os outros, evitando a adversidade cultural. Desta forma, a criança
pode pensar e agir de modo diferente sem sentir medo de discriminação e
preconceito. Portanto, o projeto atingirá seus objetivos à medida que observar
a mudança de atitude e comportamento no relacionamento e nas brincadeiras com
os outros. É claro que este tema é extremamente abrangente e dinâmico, e o
“aprender” é muito subjetivo.
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