Professoras: Aparecida de Souza, Patricia
Grapeia Dolacio Mendes Pinho e Vanda Lúcia Pelissari Pazian
Publico Alvo: Fases: 3, 5, e 6.
Projeto: Conhecendo a cultura Afro-Brasileira
através da capoeira
Duração: Um bimestre
Introdução:
O
presente
projeto será desenvolvido com crianças, em sua maioria da zona rural, das fases
3, 5 e 6 da CEMEI “Santo Piccin” Distrito de Água
Vermelha Município de São Carlos e orienta-se por uma visão sobre crianças como
seres sociais, indivíduos que vivem em sociedade, futuros cidadãos. Isso exige
que levem em consideração as diferentes características não só em termos de
história de vida ou de região geográfica, mas também de classe social, etnia e
de relação de gênero. E será realizado a partir da pluralidade cultural
proposta pelos Referenciais Curriculares Nacional para a Educação Infantil
(RCNEIs). A temática da Pluralidade Cultural diz respeito ao conhecimento e
valorização das características culturais, de gênero e étnicas dos diferentes
grupos sociais que convivem no território nacional, as desigualdades
socioeconômicas e as relações sociais discriminatórias e excludentes que
permeiam a sociedade brasileira. A partir da Pluralidade Cultural aparece à
questão do multiculturalismo, mostrando que as pessoas de diversas regiões ou
países são diferentes, assim buscar o respeito mútuo entre as diferenças
culturais e étnicas na educação infantil, auxilia a criança na formação de seus
conceitos de cidadania. Esse conhecimento leva a criança à reflexão sobre ela
mesma e os outros, resultando em relacionamentos mais harmônicos facilitando a
interação do grupo.
Para trabalhar a
temática da Pluralidade cultural e atender a lei 10639/03 utilizaremos como
recursos diferentes tipos de músicas, danças e livros que possibilitam trabalhar de forma positiva a contribuição dos povos
Africanos na formação da nação Brasileira.
OBJETIVOS:
Permitir que as
crianças reflitam sobre as diferenças culturais existentes na sociedade e abrir
espaço para o diálogo sobre a Contribuição dos povos africano na diversidade
cultural. Utilizar a capoeira para trabalhar o respeito ao outro e a si mesmo
ressaltando a importância individual e cultural na formação da nação
brasileira. Possibilitar o acesso a diferentes músicas de capoeira e
valorizá-la como patrimônio cultural de
um povo. Possibilitar a interação da família com a cultura Afro-brasileira,
através de apresentações e interação com grupo de capoeira dentro do ambiente
escolar.
Atividades:
1 – Contação de
história
História: BRUNA E A GALINHA D’ANGOLA de Gercilga de
Almeida. Antes de contar a história, contextualizar de onde surgiu o nome da
história. O porquê a galinha é chamada de galinha d’Angola. Com auxílio do
globo terrestre e do mapa apresentar para as crianças o continente Africano e a
localização de Angola. Após contar a história, utilizando argila e tinta,
modelar e pintar a galinha d’Angola. Posteriormente confeccionar o pano
utilizando TNT e tinta. Expor os trabalhos em espaço para esta finalidade. Em
roda de conversa discute sobre os trabalhos manuais e o artesanato feito por
alguns povos africano. Aproveitar a oportunidade e apresentar o livro: África
meu pequeno Chaka... de Marie Sellier com ilustração de Marion Lesage que
mostra diferentes esculturas Africanas existentes e propor que cada criança
escolha a que mais interessar para que a professora possa fazer uma pesquisa em
busca de mais informações. Utilizando Argila e sementes as crianças reproduzem uma escultura das
apresentadas no livro. Através do vídeo Kiriku e a feiticeira promover uma
discussão sobre o artesanato e sobre a
cultura Africana. Aproveitar a oportunidade para falar da dança, da
capoeira e da corporeidade.
2 - Questionamento:
Quem conhece capoeira?
Solicitar que as
crianças desenhem o que entende por capoeira, para comparar com o aprendizado
posterior. Após a ilustração, explicar que existem duas modalidades de
capoeira.
3 – Questionamento: Quem já ouviu música de capoeira?
Ouvir a música de
capoeira “O que é um berimbau” sem
informar que é uma música de capoeira. http://www.letras.com.br/#!capoeira/o-que-e-berimbau
Fazer um
questionamento Sobre os instrumentos ouvidos na música.
Alguém já ouviu?
Onde? Quem conhece os instrumentos que
são tocados?
4 - Caixa surpresa
contendo o Berimbau para que todos conheçam, e possam manuseá-lo.
Vídeos e CDs com o
toque do Berimbau para as crianças apreciarem.
5 - Oficina para a
construção de instrumento utilizando sucata.
Construção do ganzá
utilizando latas diversas, conforme aprendido na oficina com o professor Guga.
Caixa surpresa com os
instrumentos da bandinha musical para separarem os que fazem parte do som
ouvido (capoeira).
6 – Apresentação da
Música Marinheiro Só ao som de capoeira, cantiga populares e com Clementina de
Jesus para que as crianças ampliem o conhecimento sobre as diferentes melodias.
Vídeo com a música “Marinheiro Só” cantada por Clementina de Jesus.
Vídeo de Cantiga
popular “Marinheiro Só”
Coreografar as músicas
Marinheiro Chora e Marinheiro Só, com as crianças das fases 5 e 6 e A canoa virou do CD palavra cantada com
fase 3.
7 - Questionamento: Quem
sabe jogar capoeira?
Apresentação da letra da música “O que é um
Berimbau?” para aprender a cantar, e discutir sobre a pequena diferença
existente entre outra música de capoeira que retrata o mesmo instrumento. Fazer
um questionamento sobre qual música eles acham que explica o instrumento
melhor.
O que é berimbau?
A cabaça, arame e um pedaço de pau
O que é berimbau?
A cabaça, arame e um pedaço de pau.
A cabaça, arame e um pedaço de pau
O que é berimbau?
A cabaça, arame e um pedaço de pau.
8 - Roda de conversa
sobre “a roda de capoeira”, como ela surgiu no Brasil e sobre os mestres.
9 - Apresentação
de vídeos de capoeira.
Roda de conversa
sobre a resistência física necessária para prática capoeira.
10 – A visita de um
mestre de capoeira.
O mestre Tyson
conversa primeiramente com as crianças e faz uma apresentação com alguns alunos
de capoeira do CPP e posteriormente outra apresentação para os alunos e
familiares no enceramento do projeto, ocasião em que os alunos também
apresentam a cooreografia da música Marinheiro
Só, Marinheiro Chora e A Canoa Virou.
Espaço Físico:
As atividades serão
realizadas no espaço interno (salas de aula) e no espaço externo (áreas
cimentadas ou gramadas) local que possibilita uma movimentação melhor durante
as brincadeiras, danças e representações.
Materiais
Necessários:
Para o
desenvolvimento das atividades serão necessários os seguintes materiais: Livro
de literatura citado, lápis preto e de cor, giz de cera, canetinhas, argila,
fantasia (existente na escola), DV Kiriku e a Feiticeira, vídeo, CDs, rádio,
sementes, berimbau, letras das músicas.
Meios de comunicação:
Mural da escola e
estante para exposição.
Tempo necessário para
a realização das atividades:
Trabalhar uma vez por
semana durante um bimestre, ou seja, até o final do ano letivo, sendo que, além
das atividades descritas existe a possibilidade surgir novas necessidades
durante os diálogos.
Número ideal de
participantes:
Não há um limite de
participantes e pode ser desenvolvido em outras salas de aulas simultaneamente,
mas no momento atenho aos alunos mencionados na introdução e as professoras das
respectivas fases.
Descrição dos
participantes:
Alunos das fases 3, 5
e 6, ou seja, crianças de três, quatro, cinco e seis anos ou que completam até
o dia trinta e um de março de dois mil e quinze, a funcionária da escola que
contribui com a limpeza e organização dos materiais utilizados e as professoras
das fases descritas.
Conclusão:
A reflexão pôde levar
a criança a aceitar as diferenças existentes na sociedade e em relação aos seus
colegas e se sentir respeitada no grupo, assim como, respeitar os outros,
evitando a adversidade cultural. Desta forma, a criança pode pensar e agir de
modo diferente sem sentir medo de discriminação e preconceito.
As atividades e
situações propostas favorecem a exploração, a descoberta e a construção de
noções, ou seja, possibilitam um melhor conhecimento do mundo físico e social,
eixos básicos da função pedagógica na educação infantil. Portanto, ao criar
possibilidades para que as crianças reflitam sobre as diferenças culturais
existentes; amplia também o conhecimento sobre o patrimônio cultural do povo
brasileiro.
Este trabalho leva em
consideração o fato de que as crianças conhecem e elaboram as noções e os
conceitos à medida que agem, observam e se relacionam. Diante disso, as
atividades propostas são usadas com o intuito de criar situações para as
crianças compreenderem as diferenças culturais buscando respeito e a
valorização das relações humanas.
Avaliação:
O projeto atingirá
seus objetivos à medida que observar a mudança de atitude e comportamento no
relacionamento e nas brincadeiras com os outros. É claro que este tema é
extremamente abrangente e dinâmico, portanto o “aprender” é muito subjetivo.
PRODUTO FINAL:
Para encerramento do
projeto realizar-se-á uma exposição de trabalhos feitos pelas crianças e danças
aprendidas para as famílias.
Referências bibliográficas
BRASIL. Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil. Brasília MEC/SEF, 2001.
BRASIL. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira Brasília MEC/SEF, 2004.
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