terça-feira, 14 de outubro de 2014

Professoras: Aparecida de Souza, Patricia Grapeia Dolacio Mendes Pinho e Vanda Lúcia Pelissari Pazian
Publico Alvo: Fases: 3, 5, e 6.
Projeto: Conhecendo a cultura Afro-Brasileira através da capoeira
Duração: Um bimestre
 Introdução:
O presente projeto será desenvolvido com crianças, em sua maioria da zona rural, das fases 3,  5 e  6 da CEMEI “Santo Piccin” Distrito de Água Vermelha Município de São Carlos e orienta-se por uma visão sobre crianças como seres sociais, indivíduos que vivem em sociedade, futuros cidadãos. Isso exige que levem em consideração as diferentes características não só em termos de história de vida ou de região geográfica, mas também de classe social, etnia e de relação de gênero. E será realizado a partir da pluralidade cultural proposta pelos Referenciais Curriculares Nacional para a Educação Infantil (RCNEIs). A temática da Pluralidade Cultural diz respeito ao conhecimento e valorização das características culturais, de gênero e étnicas dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional, as desigualdades socioeconômicas e as relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira. A partir da Pluralidade Cultural aparece à questão do multiculturalismo, mostrando que as pessoas de diversas regiões ou países são diferentes, assim buscar o respeito mútuo entre as diferenças culturais e étnicas na educação infantil, auxilia a criança na formação de seus conceitos de cidadania. Esse conhecimento leva a criança à reflexão sobre ela mesma e os outros, resultando em relacionamentos mais harmônicos facilitando a interação do grupo.
Para trabalhar a temática da Pluralidade cultural e atender a lei 10639/03 utilizaremos como recursos diferentes tipos de músicas, danças e livros que possibilitam trabalhar  de forma positiva a contribuição dos povos Africanos na formação da nação Brasileira.
OBJETIVOS:
Permitir que as crianças reflitam sobre as diferenças culturais existentes na sociedade e abrir espaço para o diálogo sobre a Contribuição dos povos africano na diversidade cultural. Utilizar a capoeira para trabalhar o respeito ao outro e a si mesmo ressaltando a importância individual e cultural na formação da nação brasileira. Possibilitar o acesso a diferentes músicas de capoeira e valorizá-la como patrimônio  cultural de um povo. Possibilitar a interação da família com a cultura Afro-brasileira, através de apresentações e interação com grupo de capoeira dentro do ambiente escolar.
Atividades:
1 – Contação de história
História: BRUNA E A GALINHA D’ANGOLA de Gercilga de Almeida. Antes de contar a história, contextualizar de onde surgiu o nome da história. O porquê a galinha é chamada de galinha d’Angola. Com auxílio do globo terrestre e do mapa apresentar para as crianças o continente Africano e a localização de Angola. Após contar a história, utilizando argila e tinta, modelar e pintar a galinha d’Angola. Posteriormente confeccionar o pano utilizando TNT e tinta. Expor os trabalhos em espaço para esta finalidade. Em roda de conversa discute sobre os trabalhos manuais e o artesanato feito por alguns povos africano. Aproveitar a oportunidade e apresentar o livro: África meu pequeno Chaka... de Marie Sellier com ilustração de Marion Lesage que mostra diferentes esculturas Africanas existentes e propor que cada criança escolha a que mais interessar para que a professora possa fazer uma pesquisa em busca de mais informações. Utilizando Argila e sementes  as crianças reproduzem uma escultura das apresentadas no livro. Através do vídeo Kiriku e a feiticeira promover uma discussão sobre o artesanato e sobre a  cultura Africana. Aproveitar a oportunidade para falar da dança, da capoeira e da corporeidade.
2 - Questionamento: Quem conhece capoeira?
Solicitar que as crianças desenhem o que entende por capoeira, para comparar com o aprendizado posterior. Após a ilustração, explicar que existem duas modalidades de capoeira.









3 – Questionamento:  Quem já ouviu música de capoeira?
Ouvir a música de capoeira “O que é um berimbau”  sem informar que é uma música de capoeira. http://www.letras.com.br/#!capoeira/o-que-e-berimbau
Fazer um questionamento Sobre os instrumentos ouvidos na música.
Alguém já ouviu? Onde?  Quem conhece os instrumentos que são tocados?
4 - Caixa surpresa contendo o Berimbau para que todos conheçam, e possam manuseá-lo.
Vídeos e CDs com o toque do Berimbau para as crianças apreciarem.
5 - Oficina para a construção de instrumento utilizando sucata.
Construção do ganzá utilizando latas diversas, conforme aprendido na oficina com o professor Guga.
Caixa surpresa com os instrumentos da bandinha musical para separarem os que fazem parte do som ouvido (capoeira).
6 – Apresentação da Música Marinheiro Só ao som de capoeira, cantiga populares e com Clementina de Jesus para que as crianças ampliem o conhecimento sobre as diferentes melodias.
Vídeo com a música  “Marinheiro Só” cantada  por Clementina de Jesus.
Vídeo de Cantiga popular “Marinheiro Só”
Coreografar as músicas Marinheiro Chora e Marinheiro Só, com as crianças das fases 5 e 6  e A canoa virou do CD palavra cantada com fase 3.
7 - Questionamento: Quem sabe jogar capoeira?
Ensinar como xinga conforme aprendido durante o curso na oficina da professora Iraí, ao som da música “O que é um berimbau?”. E posteriormente em roda ensinar as batidas de palmas enquanto uma criança ginga no centro da roda.

Apresentação da letra da música “O que é um Berimbau?” para aprender a cantar, e discutir sobre a pequena diferença existente entre outra música de capoeira que retrata o mesmo instrumento. Fazer um questionamento sobre qual música eles acham que explica o instrumento melhor.
 O que é berimbau? 
A cabaça, arame e um pedaço de pau 
O que é berimbau? 
A cabaça, arame e um pedaço de pau.
8 - Roda de conversa sobre “a roda de capoeira”, como ela surgiu no Brasil e sobre os mestres.
9 - Apresentação de  vídeos de capoeira.
Roda de conversa sobre a resistência física necessária para prática capoeira.
10 – A visita de um mestre de capoeira.
O mestre Tyson conversa primeiramente com as crianças e faz uma apresentação com alguns alunos de capoeira do CPP e posteriormente outra apresentação para os alunos e familiares no enceramento do projeto, ocasião em que os alunos também apresentam a cooreografia   da música Marinheiro Só, Marinheiro Chora e  A Canoa Virou.
Espaço Físico:
As atividades serão realizadas no espaço interno (salas de aula) e no espaço externo (áreas cimentadas ou gramadas) local que possibilita uma movimentação melhor durante as brincadeiras, danças e representações.
Materiais Necessários:
Para o desenvolvimento das atividades serão necessários os seguintes materiais: Livro de literatura citado, lápis preto e de cor, giz de cera, canetinhas, argila, fantasia (existente na escola), DV Kiriku e a Feiticeira, vídeo, CDs, rádio, sementes, berimbau, letras das músicas.

Meios de comunicação:
Mural da escola e estante para exposição.
Tempo necessário para a realização das atividades:
Trabalhar uma vez por semana durante um bimestre, ou seja, até o final do ano letivo, sendo que, além das atividades descritas existe a possibilidade surgir novas necessidades durante os diálogos.
Número ideal de participantes:
Não há um limite de participantes e pode ser desenvolvido em outras salas de aulas simultaneamente, mas no momento atenho aos alunos mencionados na introdução e as professoras das respectivas fases.
Descrição dos participantes:
Alunos das fases 3, 5 e 6, ou seja, crianças de três, quatro, cinco e seis anos ou que completam até o dia trinta e um de março de dois mil e quinze, a funcionária da escola que contribui com a limpeza e organização dos materiais utilizados e as professoras das fases descritas.
Conclusão:
A reflexão pôde levar a criança a aceitar as diferenças existentes na sociedade e em relação aos seus colegas e se sentir respeitada no grupo, assim como, respeitar os outros, evitando a adversidade cultural. Desta forma, a criança pode pensar e agir de modo diferente sem sentir medo de discriminação e preconceito.
As atividades e situações propostas favorecem a exploração, a descoberta e a construção de noções, ou seja, possibilitam um melhor conhecimento do mundo físico e social, eixos básicos da função pedagógica na educação infantil. Portanto, ao criar possibilidades para que as crianças reflitam sobre as diferenças culturais existentes; amplia também o conhecimento sobre o patrimônio cultural do povo brasileiro.
Este trabalho leva em consideração o fato de que as crianças conhecem e elaboram as noções e os conceitos à medida que agem, observam e se relacionam. Diante disso, as atividades propostas são usadas com o intuito de criar situações para as crianças compreenderem as diferenças culturais buscando respeito e a valorização das relações humanas.
Avaliação:
O projeto atingirá seus objetivos à medida que observar a mudança de atitude e comportamento no relacionamento e nas brincadeiras com os outros. É claro que este tema é extremamente abrangente e dinâmico, portanto o “aprender” é muito subjetivo.
PRODUTO FINAL:
Para encerramento do projeto realizar-se-á uma exposição de trabalhos feitos pelas crianças e danças aprendidas para as famílias.
Referências bibliográficas
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília MEC/SEF, 2001.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira Brasília MEC/SEF, 2004.







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